segunda-feira, 27 de julho de 2009

Canção

"Nunca eu tivera querido dizer palavra tão louca; bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido. Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido. O sentido está guardado no rosto com que te miro, neste perdido suspiro que te segue alucinado, no meu sorriso suspenso como um beijo malogrado. Nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste. Essa tristeza não viste, e eu sei que ela se vê bem... Só se aquele mesmo vento fechou teus olhos,também..."

Cecilia meireles

domingo, 26 de julho de 2009

Sentimentos onipresentes

"Só somos desconhecíveis quando não querem conhecer, só não somos conquistados pelos que não buscam conquistar... somos humanos e dependente de muitas pessoas... afinal de pessoas , apesar de firmes... somos frágeis, feitos de uma película tão fina quanto a de uma bola de sabão... somos dependentes de nós mesmos, pois existem pessoas que queremos conhecer... pois bem situação essa que parece ser um palíndromo se for comparado... esse é um sentimento mutuo... caracteristica humana."

clécio

Crisma

Oração

"Senhor que viestes salvar o mundo ajuda-nos a compreender a tua palavra , pela ação do espitito santo livrai-nos das tentações do mal ajuda-nos a compreender a tua misericórdia dai-nos força para vencermos as ações do maligno , para que sejamos dignos da salvação eterna."
Amém

turma do crisma , paróquia sagrada familia 26/07/2009

sábado, 25 de julho de 2009

Egoísmo induzido

Amo como ama o amor , se de modo individualista... , é passar despercebido... , é não sentir valor... , a expressão de um sorriso é a tradução do valor descrito! , o individualismo neste caso , não precisa ser de vontade própria é induzido , é apenas a ausência de um valor mutuo entre as partes , muitas vezes recorremos a uma eloqüência que não existe dentro de nós , como se fosse melhorar alguma coisa! , quando recorremos a esta nasce a magoa , ou melhor esta emerge do fundo de nossa alma , é uma característica intrínseca humana , só porque desejamos!

Clécio

Colapso sinérgico comunitário

Por que será que aparenta ser mais fácil persuadir do que dissuadir? , essa pseudosinergia de uma comunidade para com alguma coisa a ser realizada e que possa influenciar em uma educação iminente negativa , isto só acontece porque não sabemos medir nossos atos individualistas , é claro que isso se reflete na política , ou a política se reflete nisso , onde entra no poder gente que eu nem sabia que existia , e muitas vezes sem um pré-requisito para o cargo , enquanto não percebemos isto o governo adora , a comunidade não muda! , e escutamos apologias a uma democracia surrealista de alguns!

Clécio

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tristeza

"Hoje estou triste. Uma tristeza atôs. tristeza não sei de que! Boiando em meu olhar como folha, Imovel,desamparada, Nas aguas de uma lagoa... Hoje pensei em você. Deve ter sido a saudade. Deve ter sido a saudade, Com asas de libélula dourada, Que me deixou triste assim... E este tempo não passa,e esta distância, Esta distância é imensa, Ai de mim! Hoje estou triste... Uma tristeza mansa, Que sinto, alias, todos os dias... - É como um vôo cansado num céu érmo... Foi talvez uma lembrança... Foi talvez de você uma lembrança, Que veio encher minhas horas, Tão vazias..."

Albert Einstein

"A perfeição dos meios e a confusão dos objetivos parece caracterizar a nossa época.Se desejamos sinceramente e com ardor a segurança,o bem estar e o desenvolvimento livre dos talentos de todos os homens,não nos faltarão meios para atingir tal estado.Ainda que só uma pequena parte se esforce por tais objetivos,sua superioridade ficará comprovada a longo prazo."

Albert Einstein

Surrealismo de nossos atos

...como sempre somos autores de nossos atos irregulares, irregular? , sim irregular! ,é irregular por que é arbitrário, é arbitrário por que é de nossa natureza, pois bem esse hábito é o que escolhemos e o que sempre sonhamos... achamos que faz bem!

Clécio

domingo, 19 de julho de 2009

Persuasão do amor

Amor

... entre tantas múltiplas faces , essas lagrimas insistentem em cair ... desliza pela pele do rosto com tanta insistência que já não a se sente mais , face essa que pode ser de alegria que é apenas uma das faces desse sentimento... somente as lagrimas podem explicar...

clécio

Alvares de azevedo

"...Pálida àluz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar,na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela!o seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim,meu anjo lindo! Por ti-as noites eu velei chorando, por ti-nos sonhos morrerei sorrindo!"

Alvares de azevedo

domingo, 12 de julho de 2009

A ALMA DE UMA FLOR.

"Que ânsia de amar!E tudo a amar me ensina; A fecunda lição decoro atento. Já com liames de fogo ao pensamento, Incoercível desejo ata domina. Em vão procuro espairecer ao vento, Olhando o céu,os morros,a campina, Escalda-me a cabeça e desatina, Bate-me o coração como em tormento. É à noite,ai! como em mal sofreado anseio, Por ela,a ainda velada,a misteriosa Mulher,que nem conheço,aflito chamo! E sorrindo-me,ardente e vaporosa, Sinto-a vir(vem em sonho),une-me ao seio, Junta o rosto ao meu rosto e diz-me:-Eu te amo!"

Alberto de oliveira

Motivo da rosa

"Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.


Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.


Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.


E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim."

Cecilia meireles

Hábito

...hábito quem não tem?
Somos viciados nisso, coisa tão despercebida essa, as vezes até observância de nossa parte , o inconsciente se acomoda nessa característica intrínseca e incauto da nossa natureza , que não se pega fazendo uma coisa e reflete, o que estou fazendo está errado , e insisto nisso... , que hábito!

Clécio

amar

"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita."
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Paginas de uma vida

"Cada um é dono de seu destino, da capacidade de desenhar e colorir cada destino, o tempo como sempre se mostra como uma constante, é claro que isso depende do ponto de vista de cada um , sempre corrente e sempre uniforme faz aos poucos chegarmos ao fim desta pagina, a saudade é o sentimento mais comum da linha anterior, o fato de pararmos para ler esta pagina é o que podemos chamar de introspecção, e mostra como que um ato conseqüente os múltiplos caminhos que tivemos como escolha em vários trechos de uma pagina, cujo o caminho seguido só foi uma decisão arbitraria, as vezes é nítido o que sempre procuramos, refletidos em forma de sentimentos expressos normalmente com o olhar que começa com uma curiosidade e termina com o amor sociavel, nesse intervalo de palavras existem muitas variáveis, entre elas a incomoda decepção, uma simetria construida pela falta de vontade ou assimetria confundida com simetria, este tipo só é visivel no olhar, tambem descritas pelas palavras em alguma destas paginas, as vezes passa despercebida por muitos olhares mas não passa despercebida pelo olhar de uma mãe, tão frequentemente descrita a qualquer momento... nestes aparentes dualismos construidos sempre descritas nestas paginas, não somos feitos de palavras e nem de poemas, mas elas só descrevem o ser humano, pois neste livro o numero de paginas é a mesma da idade o peso também é o mesmo do fardo deste livro, uma descrição muito comum desse recheio é a descrição de uma amizade, de muitas amizades... e raramente a de um amor, este ultimo que quando começa a ser colorido, a decepção aparentemente iminente começa a se desenhar como que uma penumbra... e como sempre aparece e por sua vez pode influenciar somente na cor da capa essa que quem escreve imagina... como um sonho... um sorriso eminente... cujo a epígrafe desta historia somente nós devemos escolher..."

Clécio

Álvares de azevedo

"Pálida àluz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar,na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela!o seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim,meu anjo lindo! Por ti-as noites eu velei chorando, por ti-nos sonhos morrerei sorrindo!"

Álvares de azevedo

FRAGMENTOS APAIXONADOS

"...Te beijarei as mãos
como à rosa da tarde beija o vento...
Te beijarei a boca
como a lingua do fogo beija o lenho...
Te beijarei os olhos
como ao cristal o sol,amanhecendo...
Te beijarei a fronte
como a dúvida beija o pensamento..."

José maria Peman

A Alma de uma flor

"Que ânsia de amar!
E tudo a amar me ensina;
A fecunda lição decoro atento.
Já com liames de fogo ao pensamento,
Incoercível desejo ata domina.
Em vão procuro espairecer ao vento,
Olhando o céu,os morros,a campina,
Escalda-me a cabeça e desatina,
Bate-me o coração como em tormento.
É à noite,ai!
como em mal sofreado anseio,
Por ela,a ainda velada,a misteriosa Mulher,que nem conheço,aflito chamo!
E sorrindo-me,ardente e vaporosa,
Sinto-a vir(vem em sonho),une-me ao seio,
Junta o rosto ao meu rosto e diz-me:-Eu te amo!"

Alberto de oliveira

Filosofia da liberdade

"E o homem um ente extraordinário. Não é simplesmente matéria,porque a matéria lhe repugna,na sua continua inércia,na sua limitação especial,no seu passivismo,na sua necessidade. Não é simplesmente matéria,porque,se a matéria apela para o marasmo,a tranquilidade necessitante,ele traz em si a inquietude que o dinamiza. Se a matéria se limita na extensão,na ubilocação extensiva,ele sente em si um surto que se desprende dos limites,que não se enquadra nas linhas intransponiveis de uma situação contingente. Se a matéria se satisfaz numa exigência puramente finita,na realização de tendências puramente mecânica,ele traz consigo a insastifação continua,o desejo de crescer com a insaciabilidade das aspirações,que não descansa nos seus voos e que,de desilusão em desilusão,como o voo desprendido de sonho em sonho,tem horror à forma e as necessidades limitativas da matéria. Mas a matéria unida à luz! E tudo o que nele foge da acidentalidade e do limite está na luz,nesse clarão permanente,nesse espirito que nós chamamos de alma. Eis o homem! A matéria que sobe e a cintila do céu que desce,o resumo do mundo material que desce,o resumo do mundo material que se encerra no seu corpo e o espirito que é a sua alma".

...AO SEU OUVIDO MOÇA...

...Não quis. Não quis dizer-te nada... Vi em teus olhos,Duas arvorezinhas loucas.... De brisa,de riso e de ouro... Flor,Meneavam-se. Não quis.Não quis dizer-te nada... minha flor!...

domingo, 5 de julho de 2009

O silêncio das Palavras

Num aparente silencio destas , universo descomensurável e diametralmente oposto a qualquer constante , parece ter multiplos significados , homógrafos , apareço sem saber o que fazer , é incomodo saber que posso ser culpabilizado não pelos outros mas por mim mesmo pelos meus atos não cometidos , por não ser compreendido com facilidade pela razão vizinha , de modo tão tautócrono a minha percepção desta culpa iminente na minha consciência , tão aparentemente madura , não preciso dizer nada , em alguns casos , a expressão de meu rosto me entrega , a tristeza é o diagnostico mais descrito por outras palavras ,não as que saem de minha boca , pois as minhas são silenciosas , a dor é uma qualidade intrínseca destas palavras , que só é visível pela expressão de meu rosto , de uma dor moldada que por si só não precisa de anestesia o que é estranho , pois não fazem mais efeito , sempre nos acostumamos com ela . As vezes me pego pensabundo dizendo no inconsciente ‘o que faço aqui? , o que é isso?’, que de inicio aparenta não ter significado algum , o problema é que quando acho que tenho todas as respostas da vida , ela mesma se encarrega de mudar as perguntas , então percebo que fico melhor quando estou acompanhado , quando percebo minha interação com as pessoas , por um instante esqueço uma dor , talvez imaginária , porque num ato introspectivo é nítido que algumas dessas coisas são construídas e pintadas de forma arbitrária pelas pessoas que nos cercam , que nos envolvemos abruptamente e sempre por inércia a dor insiste em nos lembrar dela .

Acho que é por isso que prefiro a poesia ou a filosofia como passa tempo , estes permitem que eu possa sonhar , mas como sempre existe um problema , o que temos pra viver acaba sendo maior que o próprio sonho , então a dor tão criticada por um instante passa a ensinar a viver com todas essas miscelâneas!

Clécio

sábado, 4 de julho de 2009

amor

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

Fernando pessoa

argelia 1849

Gostei destes pensamentos,assim como teu sorriso! Tuas palavras têm melodias divinas,Acordes de cristal,pianíssimo,vibrando! De olhos cerrado fico,imerso em gozo,quando,Dizendo-me um segredo o alvo pescoço inclinas...

'Jean Richepin , argélia 1849'
"Uma noite,eu me lembro...Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. 'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe,num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E,de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmula - beija-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijá-la... a flor fugia... Dir-se-ia que naquele doce instante brincavam duas cândidas crianças... A brisa,que agitava as folhas verdes, Fazia-lhe agitar as negras tranças! E o ramo ora chegava,ora afastava-se... Mas quando a via despertada a meio, Prá não zanga-la... sacudia alegre Uma chuva de pérolas no seio... Eu fitando esta cena,repetia Naquela noite Lânguida e sentia: "Ó flor! - tu és a virgem das campinas!" "Virgem! - tu és a flor da minha vida!" "