segunda-feira, 6 de julho de 2009

Filosofia da liberdade

"E o homem um ente extraordinário. Não é simplesmente matéria,porque a matéria lhe repugna,na sua continua inércia,na sua limitação especial,no seu passivismo,na sua necessidade. Não é simplesmente matéria,porque,se a matéria apela para o marasmo,a tranquilidade necessitante,ele traz em si a inquietude que o dinamiza. Se a matéria se limita na extensão,na ubilocação extensiva,ele sente em si um surto que se desprende dos limites,que não se enquadra nas linhas intransponiveis de uma situação contingente. Se a matéria se satisfaz numa exigência puramente finita,na realização de tendências puramente mecânica,ele traz consigo a insastifação continua,o desejo de crescer com a insaciabilidade das aspirações,que não descansa nos seus voos e que,de desilusão em desilusão,como o voo desprendido de sonho em sonho,tem horror à forma e as necessidades limitativas da matéria. Mas a matéria unida à luz! E tudo o que nele foge da acidentalidade e do limite está na luz,nesse clarão permanente,nesse espirito que nós chamamos de alma. Eis o homem! A matéria que sobe e a cintila do céu que desce,o resumo do mundo material que desce,o resumo do mundo material que se encerra no seu corpo e o espirito que é a sua alma".

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