sábado, 4 de julho de 2009

"Uma noite,eu me lembro...Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. 'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe,num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E,de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmula - beija-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijá-la... a flor fugia... Dir-se-ia que naquele doce instante brincavam duas cândidas crianças... A brisa,que agitava as folhas verdes, Fazia-lhe agitar as negras tranças! E o ramo ora chegava,ora afastava-se... Mas quando a via despertada a meio, Prá não zanga-la... sacudia alegre Uma chuva de pérolas no seio... Eu fitando esta cena,repetia Naquela noite Lânguida e sentia: "Ó flor! - tu és a virgem das campinas!" "Virgem! - tu és a flor da minha vida!" "

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